"Excesso de inspiração não faz ninguém pensar, é o caso dos apaixonados."

Fabrício Carpinejar twittou isso ha uns tempos atrás.E ha tempos atrás eu tambem dizia que não entendia o porquê de ter tanta inspiração quando imerso numa melancolia,sendo ela natural ou maquiada por depressivos acordes.Fato é que ando "numa boa",e por piores agruras que tenho passado,quando as tenho,me mantenho num estado digno da Teoria do Playmobil,que diz:

"NADA DO QUE POSSA ACONTECER VAI TIRAR ESSE SORRISO DO MEU ROSTO!"

Não se faz necessário citar a razão dessa constante.Mas ainda fico estupefato com esse fenômento da falta de inspiração diretamente proporcional ao aumento de felicidade.
Seria uma punição?Algo como:
-Olha aqui meu filho,ou você se inspira pra escrever ou goza dos louros da felicidade.
Ou uma troca?:
-Moço,me da 3 kilos de felicidade que essa melancolia ja ta embolorando minha alma.

Fato é que nesses dias tenho vasculhado os pensamentos atrás de uma idéia fértil e aproveitável.Não tenho sido muito feliz nessa procura,exceto idéias de odes à minha amada.Mas outros assuntos,coisas do dia-a-dia,nada disso brota por aqui.
As vezes invejo os cronistas.Não inveja negativa,mas aquela de admirar,de querer ter o talento de fazer o mesmo.Exemplo: Fernando Sabino fazia crônicas e contos maravilhosos de temas corriqueiros,coisas que acontecem a todo instante no nosso lado e que a gente não se da conta.E que dão ótimas histórias,basta se ter um olhar crítico e saber aproveitar.E talento também,naturalmente.
O talento,pra mim, é caso perdido.Ou se tem,ou não.Mas como não tenho a mínima intenção de nada com esse singelo espaço,tratarei de treinar mais minha visão crítica das coisas.E ponto.