Contemplação

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

De esquecimento em...em o que mesmo?

Creio que eu não seja o único,mas confesso que peno com uma memória que insiste em me deixar na mão quando tento me recordar de algum fato e principalmente quando tento me lembrar de uma determinada palavra.
Raramente esqueço rostos e algumas datas ficam eternizadas nas entranhas da memória,mas as palavras as vezes ganham vida e desejos próprios e saem por ai,me abandonam à própria sorte com aquela cara de paisagem.
Pior,as vezes quero a palavra certa,cirurgicamente precisa e que se encaixaria perfeitamente no contexto.E a danada some e no seu lugar corriqueiramente aparece um trambolho de assustar qualquer um.
Exemplo:dias desses conversava sobre não-lembro-o-que com minha namorada,e em determinado instante tencionava dizer o seguinte:

-E quais são as alternativas?...

E saiu o seguinte desafino linguístico:

-E quais são as opções de escolha?...

Não chega a ser uma tragédia,mas não orna.Não encaixa,não tem ritmo,fica quadrado.E feio.
Engraçado que numa pesquisa rápida é fácil achar várias pessoas que sofrem com esse mal.Não me lembro de muitos,óbvio,mas de um me lembro bem.
Fernando Sabino tinha um certo bloqueio,daqueles que se dão quando encontramos um conhecido qualquer no meio da rua e o tal nos brinda com aquela indefectível questão:

-Se lembra de mim?

O caso era que ele,o Fernando,lembrava.Segundos antes da terrível pergunta ele se lembrava,mas ao proferir a pergunta crítica,a lembrança da feição da pessoa ou do seu nome somem no vento.A coisa era tão feia,a ponto dele esquecer o nome e feição da SUA PRÓPRIA ESPOSA!!!.Talvez ele fosse até um agraciado,visto que muita gente tem esse desejo de esquecer um pouco da sua cônjuge,mas convenhamos,a situação é no mínimo constrangedora*.
Hoje mesmo ouvia algo no rádio sobre problemas de memória.O doutor entrevistado dizia que não há remédio para a perda da mesma.Fazer o que,já que não tem remédio remediado está.O jeito é aprender a se virar do jeito que der.

Queria fazer dois adendos:

1-Tinha mais um caso pra relatar,mas esqueci.
2-A palavra marcada com * demorou pelo menos uns 30 segundos para sair do ninho.Enquanto esperava a boa vontade da mesma em aparecer fiquei com a referida cara de paisagem,mãos ao ar,acima do teclado.Só rindo mesmo...

2 comentários:

  1. Pouts Oscar, sofro deste mal tbm... o Du sabe bem!

    Esses dias estava falando com ele na rua e fui falar de uma sacada de casa, mas a palavra não vinha e eu quase soletrei a bendita e disse a SA---cada.... hauhua

    Pior quando isso acontece com o chefe! Há!

    Beijas

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  2. huahuahua,tenso..falando no dú,lembrei q nunca consigo lembrar o nome do pai e da mãe dele..

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