Muito mais do que por motivos,escrever por impulso.Sem razões aparentes,sem necessidades latentes.Escrever,pelo simples fato de escrever,ver nascer algo.
A velha vontade de transformar sentimentos em palavras já não basta,já não é sempre o motivo principal.Criar é o grande objetivo,é a grande paixão.Transformar o nada em palavras é igualmente interessante quanto transformar o tudo,e por isso escrever.Escrever por nada,apenas pelo puro prazer de rabiscar umas palavras.
Escrever se tornou tão necessário que de certa forma o faço de forma involuntária,tal qual respirar.Vício que seduz e conquista logo no primeiro contato.Ver um texto pronto,uma ideia nascida e amadurecida convertida em palavras é uma experiência cativante.E a inércia nos faz querer sempre mais e mais.Mesclar diferentes influências,unir a poesia à cronica,o formal e o jocoso,buscar uma linguagem e uma assinatura próprias.E com isso a brincadeira se torna séria e leva-se cada vez mais tempo no preparo da "obra".E haja busca,pesquisa,sinônimos e frase de efeito.
E no final...ah!O final...Doce sensação ver o trabalho realizado,coerente e manso,como uma suave melodia.E tal sensação nos traz um estado de paz,de tranquilidade.Curtir o texto,reler,pegar pequenos erros e anotá-los mentalmente.
Mas a paz é fugaz,dura um suspiro só.Logo vem a inquietação,e a procura por novos temas,novas expressões,novo sentimento...Triste sina a de quem escreve...
Alegre sina a de quem escreve!!
Bom, ja digitei esse comentario 3 vezes e td hora da erro, espero que agora vá..rs
ResponderExcluirEnfim, me desculpe pela ausencia por aqui....
Como sempre, mais um belo texto!! Continue com toda essa inspiração viu?!
Bjinhos
Não há vício que se não esconda atrás de boas razões; a princípio, todos são aparentemente modestos e aceitáveis, só que a pouco e pouco vão-se expandindo. Não conseguirás pôr fim a um vício se deixares que ele se instale. Toda a paixão é ligeira de início; depois vai-se intensificando, e à medida que progride vai ganhando forças. É mais difícil libertarmo-nos de uma paixão do que impedir-lhe o acesso. Ninguém ignora que todas as paixões decorrem de uma tendência, por assim dizer, natural. A natureza confiou-nos a tarefa de cuidar de nós próprios, mas, se formos demasiado complacentes, o que era tendência torna-se vício. Aos actos necessários juntou a natureza o prazer, não para que fizéssemos deste a nossa finalidade mas apenas para nos tornar mais agradáveis aquelas coisas sem as quais é impossível a existência. Se o procuramos por si mesmo, caímos na libertinagem. Resistamos, portanto, às paixões quando elas se aproximam, já que, conforme disse, é mais fácil não as deixar entrar do que pô-las fora.
ResponderExcluirSéneca, in 'Cartas a Lucílio'
Gostou??rsrs
Conheço algumas coisas de Séneca , tenho 2 livros dele e é maravilhoso. Gosta de Filosofia? rsrs
Parabéns pelo teu textos Oscar!!